FES promove calendário extenso para a base, com oito competições previstas para 2023

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O futebol é paixão nacional e o sonho de carreira de milhões de brasileiros. Antes de brilharem nas principais competições profissionais, entretanto, os talentos passam por um longo processo que começa desde cedo.

Ciente da importância das categorias de base para a formação de atletas e cidadãos, a Federação de Futebol do Estado do Espírito Santo (FES) tem aumentado os investimentos nos campeonatos de base, do Sub-11 ao Sub-20, dando cada vez mais oportunidades.

A FES se movimenta para organizar oito competições de base em 2023, uma a mais que na temporada passada, com previsão de investimento em torno de R$ 884 mil, oriundo de emendas federais, emendas estaduais e recursos próprios.

Os valores são investidos no pagamento de taxas de arbitragem, materiais esportivos (bolas e coletes), troféus, medalhas e estrutura de premiação. A previsão é que sejam inscritos 110 equipes e 3.300 atletas, com a realização de 630 partidas durante todo o ano, em cerca de 20 municípios do Estado.

As competições previstas são os Estaduais Sub-11, Sub-13, Sub-15, Sub-17 e Sub-20, e as Copas Espírito Santo Sub-15, Sub-17 e Sub-20. As categorias Sub-11 e Sub-13 retornaram em 2022, e a volta da Copa ES Sub-20 é a novidade para este ano.

A FES é o único órgão competente para gerir o futebol com a chancela da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), órgão máximo no âmbito nacional, o que possibilita reconhecimento, segurança, desenvolvimento e visibilidade para clubes e atletas participantes das competições de base organizadas pela entidade.

Além disso, os Estaduais Sub-17 e Sub-20 dão vagas para competições nacionais Copa do Brasil Sub-17, Copa do Brasil Sub-20 e Copa São Paulo de Futebol Júnior.

Os clubes reconhecem o trabalho da FES, na captação de recursos e na organização dos campeonatos, e comemoram o calendário extenso.

“Esse apoio que a Federação vem dando aos clubes, com bolas, coletes e arcando com taxas de arbitragem, desonera a gente e a competição fica viável. Acredito que isso também é o ponto chave das nossas competições, haja vista que nos outros estados dificilmente tem esse tipo de apoio”, afirma Cleiton Marcelino, gerente de futebol do Aster Brasil.

“É notório a evolução das organizações das competições de base no Estado e o esforço que a Federação faz para que mais clubes participem. Ela faz a parte dela e, claro, cada clube tem que ter também a sua responsabilidade para aumentar seus investimentos na base”, reflete Vinícius Coelho, presidente do Porto Vitória.

“O Vilavelhense participou de todas as competições de base da Federação no ano passado. E para o Vilavelhense, que tem como filosofia promover atletas formados na base, quanto mais competições, melhor, para a gente poder desenvolver os atletas e utilizar esses jogadores que criam um vínculo com o clube”, afirma Miguel Trés, presidente do Vilavelhense.

O presidente do Vitória, Rodolfo do Carmo, lembra também do lado social do esporte: “A base é muito importante também porque nem todos conseguem vingar no futebol, mas pelo menos você dá cidadania e de repente tira alguns jovens de maus caminhos”.

Vice-presidente da FES, Geovani Silva explica que o fortalecimento do futebol de base é um dos princípios da atual gestão e lembra que o Estado é um celeiro de craques. Ele surgiu na base da Desportiva Ferroviária, onde conquistou títulos, antes de se transferir para o Vasco da Gama-RJ e fazer história no futebol brasileiro e mundial, também por outros clubes e pela Seleção Brasileira.

“Eu sou fruto disso aí. A base é importantíssima. No ano passado, teve o retorno das categorias Sub-11 e Sub-13 e agora a tem a volta da Copa Espírito Santo Sub-20. Isso é maravilhoso. A primeira coisa é ajudar a molecada a sair do computador e do celular, colocar a molecada para se exercitar, e é bom para a formação desses jovens. Com mais competições, também vão aparecer mais jogadores”, afirma Geovani Silva.